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ToggleSegundo o UNODC, 35 milhões de pessoas sofrem de transtornos de dependência de drogas. Sendo que, na quarentena necessário por causa da pandemia do novo coronavírus, o consumo cresceu ainda mais, de acordo com o levantamento feito pela VEJA.
A baixa autoestima é uma porta de entrada para os vícios. Isso porque as pessoas com baixa autoestima são mais propensas a serem viciadas em drogas, álcool, jogos de azar, comida, compras, sexo e outros comportamentos prejudiciais.
Quem sofre de baixa autoestima muitas vezes tem dificuldade em lidar com suas emoções e recorrem a substâncias ou atividades prejudiciais que no momento as fazem se sentir melhor.
O artigo a seguir discute como a baixa autoestima leva a vícios, a importância da autoestima e o que pode ser feito para a aumentar. Continue a leitura para conferir!
Por outro lado, os vícios também afetam a autoestima!
Os vícios podem ter um grande impacto na autoestima de um indivíduo. Algumas pessoas podem recorrer a comportamentos destrutivos, como drogas ou álcool, a fim de evitar sentimentos negativos que possam ter sobre si mesmas.
As pessoas que sofrem de dependência lutam para controlar seus impulsos e acham difícil exercer o autocontrole. Mas, vale alertar que os vícios não são apenas sobre substâncias, eles também podem ser sobre comportamentos como jogos de azar, sexo ou trabalho.
Eles podem fazer as pessoas se sentirem poderosas e bem-sucedidas a curto prazo, mas depois levam a sentimentos de vergonha e culpa quando tudo está fora de controle.
Ademais, a baixa autoestima também pode levar a outros resultados negativos, como depressão e transtornos de ansiedade, que também podem causar dependência de certas substâncias.
É um círculo vicioso!
Toda essa situação se torna um círculo vicioso, pois as drogas levam à baixa autoestima, que por sua vez pode levar ao vício.
Baixa autoestima estimula o vício em internet e no trabalho
A principal causa da baixa autoestima é sentir-se inadequado ou não atender aos padrões de beleza, inteligência e sucesso da sociedade. Isso pode levar as pessoas a se voltarem para a internet em busca de conforto, em vez de buscar interações da vida real com amigos e familiares.
A internet se tornou uma ferramenta viciante para muitas pessoas que lutam contra a baixa autoestima. Eles o usam para escapar de seus problemas e verificam constantemente seus feeds de mídia social para validação.
Isso é um problema porque quanto mais tempo eles passam nas mídias sociais, menos tempo eles têm para passar com seus amigos e familiares. Isso pode levar ao isolamento, o que piorará sua condição a longo prazo.
As pessoas que sofrem de baixa autoestima são mais propensas a serem viciadas na internet. Eles também podem ter uma maior probabilidade de depressão e ansiedade.
10% dos entrevistados em uma pesquisa realizada pela Stanford University, nos Estados Unidos, referiram-se à internet como meio de conforto e consolo em situações negativas.
Além disso, segundo uma pesquisa publicada pelo site Thrive Global, existe uma ligação direta entre emoções e comportamento. Pessoas com baixa autoestima tendem a trabalhar longas horas todos os dias, mesmo durante os períodos de descanso.
Quais são os sinais que indicam baixa autoestima?
A baixa autoestima é uma questão complexa que pode levar a uma série de problemas na vida de um indivíduo, incluindo o vício.
Os sinais de baixa autoestima podem ser óbvios ou sutis. Alguns dos sinais mais comuns são:
- Você não acredita em si mesmo ou em suas habilidades.
- Está sempre se comparando com os outros e se sentindo inferior.
- Você sente que outras pessoas são melhores do que você e merecem mais crédito do que você pelo que elas fazem.
- Tem dificuldade em se sentir confiante em si mesmo e no que faz.
- Você acha difícil correr riscos e cometer erros porque sente que eles refletirão mal sobre quem você é como pessoa.
- Tem dificuldades para fazer amigos.
- Muitas vezes se compara seu corpo com os outros enquanto se sente inferior em comparação.
- Está sempre pensando no que os outros pensam sobre você e se preocupa com o que os outros podem dizer sobre você.
- Sua imagem corporal é afetada pela forma como você se vê.
- Sente que não é bom o suficiente.
- Você tem dificuldade em dizer não às pessoas.
- Seus relacionamentos não são tão satisfatórios quanto deveriam ser.
- Você acha difícil confiar nas pessoas.
- Se compara ao seu eu passado ou ao seu eu ideal.
- Você sente que sua vida é vazia ou sem sentido.
Se você se identifica com algum desses sinais, provavelmente sofre de baixa autoestima.
Se você não cuidar desse problema o quanto antes, ele pode evoluir para transtornos mentais como ansiedade e depressão, além de um risco maior de desenvolver vícios ou comportamentos destrutivos.
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Criado pelo especialista em saúde mental Dr. Ezequiel Chissonde, o programa já ajudou várias pessoas com problemas semelhantes.
Como superar a baixa autoestima?
A baixa autoestima é uma condição psicológica na qual as pessoas têm uma opinião negativa ou baixa de si mesmas. É um sentimento de vergonha, inadequação e inutilidade.
É um problema importante que afeta pessoas de todas as idades. Pode ser causado por fatores externos, como outras pessoas, eventos e circunstâncias.
A baixa autoestima pode levar a muitos problemas, como depressão, ansiedade e até abuso de substâncias. A boa notícia é que existem formas de superar a baixa autoestima e aumentar sua confiança.
O passo mais importante é encontrar algo que faça você se sentir bem consigo mesmo – não importa o que seja para você.
A baixa autoestima pode ser superada com a ajuda de terapia, medicação e apoio de familiares, amigos e colegas. É importante encontrar alguém que possa ajudá-lo a entender seus sentimentos e fornecer as ferramentas para fazer mudanças em sua vida.
Para ajudar as pessoas a superar sua baixa autoestima, precisamos ajudá-las a entender os gatilhos que as levam à baixa autoestima e encontrar maneiras de lidar com esses gatilhos.
Alguns exemplos desses gatilhos são comparações de mídia social, problemas de imagem corporal, relacionamento familiar tóxico, situações de bullying na infância e crescer em um lar com pais narcisistas, por exemplo.
15 ações que elevam a autoestima (sem medicação)
A baixa autoestima pode ser uma condição debilitante que pode dificultar a funcionaldiade das pessoas em suas vidas diárias. No entanto, já formas de melhorar a autoestima sem procurar medicação.
A autoestima pode ser aumentada fazendo coisas que fazem você se sentir bem consigo mesmo. Alguns exemplos disso são:
- Cuide da sua aparência;
- Passe tempo com amigos próximos e familiares;
- Durma o suficiente;
- Exercite-se regularmente;
- Seja gentil com os outros e com você mesmo;
- Envolva-se em atividades que você gosta (pintura, clube do livro etc.);
- Sair de relacionamentos tóxicos e abusivos;
- Entenda seus gatilhos e evite-os;
- Pratique a gratidão;
- Faça meditação;
- Escreva em um diário sobre seus sentimentos e pensamentos;
- Tente não se comparar com os outros;
- Lembre-se das coisas boas da sua vida;
- Se você for religioso, procure conforto na sua fé;
- Consulte um médico especialista.
Pare o ciclo de conversa interna negativa e comece a sustentar uma mente saudável
A conversa interna negativa é um ciclo que pode ser difícil de quebrar. Começa com um pensamento negativo, depois outro e outro até que a pessoa se sinta sem esperança. A melhor forma de cessar esse ciclo é assumir o controle de seus pensamentos e criar afirmações positivas.
Uma mente saudável não é apenas ter a cabeça limpa. Uma mente saudável também significa ter uma visão positiva da vida e ser capaz de lidar com os estressores de maneira saudável.
É importante que as pessoas cuidem de sua saúde mental porque isso afeta a saúde física de seu corpo também.
Nesse sentido, o DR Ezequiel Chissonde elaborou o livro “Como superar a baixa autoestima”, com objetivo de ajudar as pessoas que estão passando por essa situação e não sabem o que fazer para sair dela.
Neste livro, ele explora em detalhes o problema e suas causas, oferecendo conselhos sobre como superá-las.
Situações que causam baixa autoestima…
A autoestima é uma parte importante da sua saúde mental, pois permite que você construa sua confiança e saiba que é capaz de alcançar o que deseja na vida.
A baixa autoestima pode ser causada por muitas situações. Pode ser por não ser capaz de alcançar o que deseja, por se sentir uma fraude ou por estar muito focado nos aspectos negativos de si mesmo.
Algumas pessoas têm baixa autoestima porque estão sempre se comparando com os outros e sentem que não estão à altura. É por isso que é válido lembrar que você tem seus próprios pontos fortes e fracos, assim como todos os outros na vida.
A autoestima é um conceito muitas vezes mal compreendido e a porta de entrada para a baixa autoestima pode ser qualquer coisa, desde um v até um relacionamento ruim.
A seguir estão alguns exemplos de situações que favorecem a baixa autoestima.
- A falta de habilidades sociais, que leva ao isolamento e à solidão. Ter dificuldade em construir relacionamentos com as pessoas
- Acreditar que não somos bons o suficiente e, portanto, precisar de validação externa de outras pessoas ou substâncias para nos sentirmos melhor conosco.
- Correr riscos – mas não correr riscos suficientes – porque temos muito medo do que acontecerá se falharmos ou ficarmos aquém de nossos objetivos ou expectativas para nós mesmos.
- Promover dinâmicas de relacionamento não saudáveis, como abusivos ou tóxicos, seja na família, trabalho ou com parceiro amoroso.
As 4 principais maneiras pelas quais a baixa autoestima pode levar ao vício
A baixa auto-estima pode levar ao vício de várias maneiras. Pode ser resultado dos pensamentos internos de um indivíduo, seus comportamentos, a forma como eles pensam sobre si mesmos e a maneira como interagem com os outros.
Isso tudo pode levar as pessoas a usar drogas, álcool ou outras substâncias como forma de lidar com seus sentimentos.
Portanto, aqui estão as 4 principais maneiras pelas quais a baixa autoestima pode levar ao vício.
1- Busca por alívio.
A baixa autoestima pode levar ao vício porque faz com que as pessoas sintam que não merecem felicidade e sucesso. Eles passam a sentir que não são bons o suficiente, então recorrem a substâncias, atividades ou outras pessoas em busca de alívio.
2- Busca pelo padrão corporal imposto pela sociedade
A baixa autoestima leva o indivíduo a se concentrar demais em sua aparência e imagem corporal. Isso pode levar uma pessoa a lutar com seu peso ou a buscar hábitos pouco saudáveis para emagrecer, como fumar, beber ou usar drogas.
3- Busca por socialização
A baixa autoestima pode levar a pessoa a ter dificuldade em fazer amigos e a se sentir isoladas da sociedade em geral, o que as torna mais propensas a recorrer às drogas ou ao álcool como forma de se sentir parte de um grupo, ficar mais “sociável e extrovertido” e assim fazer amizades.
4- Impulso
A baixa autoestima leva as pessoas a ações “impulsivas” como jogos de azar, gastar muito dinheiro em coisas fúteis e, posteriormente, muitos usam drogas para lidar com o arrependimento.
Sendo assim, a melhor maneira de superar a baixa autoestima é reconhecer seu valor e se concentrar em seus pontos fortes e não em suas fraquezas.
Como superar o vício: 8 dicas
O vício é um problema real que não é fácil de superar. Mas com essas 8 dicas, você pode dar os passos certos para mudar sua realidade atual.
1) Aceite que você tem um problema com vícios
O primeiro passo para se livrar de um vício é reconhecer que você tem um problema. O pensamento de que “você está no controle” e pode parar quando quiser é autoengano.
As pessoas com algum tipo de dependência subestimam fundamentalmente o poder de seu vício. O processo de pensamento é se convencer de que pode controlar e parar quando quiser. No entanto, a realidade é que o vício é um problema sério que requer ajuda profissional.
2) Comprometa-se a mudar
Não será fácil se livrar do comportamento destrutivo, mas você precisa estar comprometido com a mudança.
Pode ser muito difícil mudar hábitos que estão enraizados há anos, mas se você está comprometido em mudar seu comportamento, pode começar pequeno e enfrentar rotinas maiores e mais difíceis com o tempo.
3) Viva um dia de cada vez
Certamente, você já deve ter ouvido falar do lema “só por hoje” do grupo AA. Claramente, eles não usam essa frase à toa, afinal, é preciso superar os desafios diários sem pensar no futuro.
Essa é uma maneira inteligente de encorajar as pessoas a dar pequenos passos e se lembrarem de que precisam viver no momento presente.
Vivendo um dia de cada vez, quando você vê, meses ou anos se passaram.
4) Obtenha apoio de amigos e familiares para lidar contra o vício
É importante estar ciente de que o vício é uma doença. Não é uma escolha, mas sim uma doença. Pode ser tratado, mas levará tempo e esforço por parte do adicto e de seus familiares.
É importante lembrar que é possível, mas difícil fazer isso sozinho – você precisa do apoio de seus amigos e familiares para passar por esse momento difícil em sua vida.
Não tenha vergonha de se abrir e pedir ajuda!
5) Evite situações ou comportamentos gatilho para o vício
Embora possa não ser fácil evitar todos os gatilhos para o vício, é importante estar ciente do que pode desencadear o desejo de usar uma determinada substância ou praticar um determinado comportamento.
Por exemplo:
- Se um indivíduo fuma logo após tomar café, então é ideal que ele quebre o hábito para facilitar a cessação do tabagismo.
- Se o indivíduo faz uso habitual de drogas ilícitas com álcool, o ideal é interromper o consumo de bebidas alcoólicas.
O mesmo acontece para outras situações, por exemplo, churrascos com amigos, baladas, etc.
Isso não significa que você precisa deixar de ter uma vida social, apenas que no momento é importante encontrar novas atividades de lazer que te mantenham longe de comportamentos de risco.
6) Exercite-se regularmente:
As endorfinas são substâncias químicas produzidas no cérebro quando você acha a atividade física prazerosa. Isso deixa seu corpo feliz, eufórico e energizado. É por isso que as pessoas que se exercitam regularmente geralmente desfrutam de uma sensação de clareza mental e maior capacidade de atenção.
No caso do vício, as atividades físicas fazem parte da recuperação. Por exemplo, há evidências de que pessoas que sofrem de transtornos por uso de álcool ou dependência de drogas têm melhores chances de recuperação se participarem de atividades saudáveis, como exercícios cardiovasculares.
Alguns exemplos de exercícios que você pode fazer são:
- Corrida;
- Caminhada;
- Ciclismo;
- Dança;
- Natação;
- Pular corda;
- Subir e descer escadas.
7) Melhore sua autoestima para se livrar dos vícios
Como vimos, a baixa autoestima está ligada a vícios. Assim, é necessário trabalhar na melhoria da autoestima.
O segundo passo é ser mais gentil consigo mesmo. Isso significa ser mais paciente, perdoar a si mesmo e reconhecer quando você está fazendo o seu melhor. Também significa aceitar o fato de que outras pessoas podem não gostar ou apreciar o que você faz, mas é importante que você saiba que isso não o torna menos valioso ou significativo.
Isso é crucial para viver uma vida feliz e saudável, pois a baixa autoestima pode levar a comportamentos destrutivos, como vícios e escolhas arriscadas que podem ter consequências desastrosas.
Aprenda a melhorar sua autoestima!
8) Busque apoio profissional
O médico Dr. Ezequiel Chissonde é especialista em saúde mental, atuando há quase 30 anos na área.
É Pós-Graduando em Psiquiatria e Medicina do Trabalho, e atua como Perito de Saúde Mental para a Justiça Federal do Trabalho há mais de 7 anos.
Em seus consultórios, mentorias e eventos de treinamento, acumula atendimentos a mais de 30 mil pessoas, a maioria com demandas na área de SAÚDE MENTAL E EMOCIONAL.
Ele oferece atendimento médico e psicoterápico para pacientes com doenças como: Depressão, Ansiedade, Síndrome do Pânico, Estresse, Burnout, Transtorno do Sono e Vigília, Dependência química (Álcool e Drogas) entre outras.
Dr. Ezequiel acredita na superação dos transtornos mentais por meio do autoconhecimento, desenvolvimento pessoal e mudanças no estilo de vida, além do tratamento medicamentoso.
Atualmente foca seus atendimentos nos Consultórios de Campinas e Jundiaí, mas também atende online. Quer marcar uma consulta?
De que forma a inteligência emocional pode ajudar a lidar com os vícios e com a baixa autoestima.
Nos últimos anos, o conceito de “inteligência emocional” vem crescendo em popularidade. O termo refere-se à capacidade de uma pessoa de lidar adequadamente com suas emoções, o que é crucial para o sucesso.
A inteligência emocional é um conjunto de habilidades que podem ajudá-lo a lidar com vícios e baixa autoestima. Portanto, se você está lutando com esses problemas, é importante identificar a causa raiz e encontrar maneiras de superá-la.
Para desenvolver essa habilidade, você pode fazer cursos na área ou aprender com um especialista.
Neste último caso, você pode contar com os serviços da plataforma Assamplay, que disponibiliza diversos materiais para melhorar sua saúde mental e, consequentemente, promover a inteligência emocional.
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Por fim, como vimos no decorrer do artigo, a baixa autoestima é um problema comum com o qual muitas pessoas lutam, mas também pode ser a causa do vício. A baixa autoestima leva as pessoas a sentirem vergonha por suas ações e pensamentos, o que muitas vezes resulta em se sentirem impotentes e sem esperança.
O sentimento de desamparo muitas vezes leva as pessoas à comida, álcool, drogas ou outros comportamentos prejudiciais como forma de lidar com seus sentimentos de inadequação.
O vício leva tempo para ser superado, pois leva tempo para o cérebro se curar do vício e para que novos hábitos se formem, então seja paciente consigo mesmo enquanto trabalha nesse processo.